segunda-feira, 29 de outubro de 2012



Idas e Vindas no The Burger Map

Mais uma vez, o Aquarela Gastronômica foi visitar uma hamburgueria, dessa vez em Santo André: a The Burguer Map. Meu primeiro contato com ela, foi cerca de duas semanas após sua inauguração. No início, lembro-me de não ser um lugar tão bom, mas em vias de assim se tornar – na época, as salsichas dos corn dogs não eram de tão boa qualidade, por exemplo, mas o molho cheddar era consideravelmente bom. Em suma, tornou-se uma das minhas favoritas por um tempo, principalmente pelo ambiente e pela proposta, de apresentar os hambúrgueres típicos de cada região dos Estados Unidos. A casa também conta com um desafio – o lanche The Burger Map Mountain, que deve ser devorado em 30 minutos no máximo. Uma pena que você tenha que desembolsar módicos R$ 80 pelo The Mountain, e, no fim, entrar no Hall of Fame e ganhar uma camiseta, apenas, se conseguir a proeza – o que eu não concordo: o cliente também deveria não pagar pelo lanche, como acontece em todas as lanchonetes americanas.
Inicialmente, foram pedidas duas bebidas diversas:
  • Pink lemonade: seu sabor era de uma limonada normal, adoçada sem exageros, com algum (talvez) corante rosa claro que não alterou o sabor.
  • Homemade Iced Tea: sabor forte de mate, adoçado, também, sem exageros, mas comum – lembra muito um chá Mate feito em casa.

    A respeito das bebidas, me agrada muito onde são servidas: em um copo que parece mais um pote, alto e largo, com a marca do restaurante inscrita.
Para a entrada, pedi meus adorados e pouco populares aqui no Brasil:
  • Corn dogs (salsichas envoltas em uma massa de milho macia, levemente adocicada e fritas em imersão em óleo): a porção é realmente pequena (6 unidades com o tamanho de meia salsicha de hot dog, aproximadamente), relativamente saborosa, porém mais da metade dela veio com a massa crua no centro – o que denota temperatura errada do óleo no momento da fritura. A salsicha é de qualidade, com textura firme. O molho que acompanha é um Fry Sauce (nosso popular molho rosê), que tinha cheiro de ovo e vinagre, mas seu sabor era bom, sem grandes segredos – provavelmente, apenas maionese e ketchup, mesmo.


Fui acompanhada, mas pedimos ambos o mesmo hambúrguer, que tem sua origem em Springfield, Illinois (EUA): aberto, feito com uma fatia grossa de pão levemente torrado com manteiga – conhecido em seu local de origem como Texas Toast –, uma carne – que pode ser vermelha, de frango ou até peixe –, coberto com muitas batatas fritas e por um molho de queijo que é sempre segredo de quem o prepara. Esse é o meu querido:

  • Horseshoe Burger: a porção total dele é consideravelmente menor que a americana, e o molho que o acompanha (no Burguer Map) é a base de cheddar. Primeiramente, mais uma vez, o ponto da carne veio errado – eu pedi mal passado e veio ao ponto, com irregularidades. As batatas não eram homemade, mas, sim, industrializadas, e estavam corretas no ponto (crocantes por fora e macias por dentro) e no sal. O molho cheddar foi decepcionante: enjoativo, com um sabor fortíssimo de queijo processado e um fundo de parmesão. O conjunto estava regular.

    E eu tenho uma séria crítica a fazer a esse respeito: o antigo molho cheddar do Burguer Map era diferente: não tinha esse brilho demasiado do atual, não era enjoativo, e casava perfeitamente com esse prato. Algo foi mudado na receita, sem dúvida, pois a antiga formava também uma película de amido quando esfriava e a atual, não.

Para a sobremesa, atacamos outro tradicionalíssimo:
  • Luana's Cheesecake: visualmente decente, salvo a escolha de usar hortelã no prato – incoerente, pois destoa muito conjunto. A calda de frutas vermelhas (morango e amora, apenas) estava boa; a massa base, correta. O ponto do cheesecake estava errado, pois esfarelou muito e não estava cremoso; além disso, veio com as extremidades quentes e o centro gelado, com pontos congelados, tudo errado! O sabor do conjunto foi abaixo do esperado.


O serviço foi bom: o garçom deu a atenção necessária, respondeu prontamente sempre que foi chamado, educadamente; os pratos não demoraram para chegar, mas a casa não estava cheia. O ambiente do Burguer Map é estilizado com várias referências aos Estados Unidos, com elementos de diversas cidades – tudo a haver com a proposta do lugar.
Enfim, o restaurante caiu bastante. O Burger Map teve sua ascensão, foi uma grata surpresa, mas parece estar mudando algumas coisas, e para pior – não sei se tem a haver com a mudança de dono do lugar. Também não consigo definir o ponto alto de hoje – tudo foi regular e medíocre demais, o que não deveria acontecer, tendo em vista seu progresso e seu valor de pratos e porções. Um lugar muito bem localizado e bonito, mas que está perdendo a sua essência.

Preço total para duas pessoas: R$ 97 + R$ 9,70 (serviço) = R$ 106,70 ou R$ 53,35 por pessoa.
Custo/benefício: ruim.
Espera por mesa: não houve.
Tamanho das porções: pequena.
Serviço: muito bom.
Ponto alto: ambiente e localização.
Ponto fraco: os pratos em geral.
Avaliação geral: provavelmente não voltaria.

Endereço: Rua das Aroeiras, 442, Bairro Jardim – Santo André – SP.
Horário de Funcionamento: Segunda a quinta, das 18h às 23h; Sexta, das 12h às 15h e das 18h às 1h; Sábado, das 12h às 1h; Domingo, das 12h às 23h.
Delivery: não.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Aquarela do Hollywood

The American Classic Trio: Milk Shakes, Potatos and Burguer
no Zé do Hamburguer

Uma das minhas comidas favoritas: hambúrgueres! E, para começar com chave de ouro o Aquarela Gastronômica, por que não uma das hamburguerias mais tradicionais de São Paulo? Não foi minha primeira vez no Zé do Hamburguer; já estive lá algumas outras vezes, mas sempre na unidade da rua Itapicuru – que não abre aos domingos – e recentemente tive a oportunidade de conhecer a unidade da rua Caiubi.
O ambiente é aconchegante, descontraído e lembra muito as hamburguerias americanas da década de 50 – considerado os Anos Dourados do hambúrguer –, tanto pela decoração e música ambiente quanto pelo tamanho do lugar, que é pequeno com a cozinha e balcão no primeiro andar e algumas mesas no segundo. Vale ressaltar que está sendo ampliado, atualmente.
Quando chegamos – fui com meu namorado –, fomos prontamente acomodados e atendidos. Começamos pelas bebidas:
  • Shake Diner de Baunilha Crocante: maravilhoso, simplesmente! O ponto alto do dia: veio cremoso, em uma porção mais que generosa; o sabor da baunilha estava suave, presente e nada enjoativo.
  • Limonada do Zé: ótima, adoçada sem exageros.


Continuamos com uma entrada, que não poderia ser nada mais nada menos que as clássicas batatas fritas. A tradicional da casa é a Batata do Zé, que eu já provei em outra oportunidade, então optamos por experimentar as:
  • Chilli Fries: batata homemade, com ponto corretíssimo – crocante por fora e macia por dentro –; o chilli não era um chilli tradicional, realmente, mas, sim, um ragu de carne levemente apimentado e muito saboroso. O ponto fraco com certeza foi o cheddar, que era do tipo processado. Muito enjoativo, desequilibrou todo o prato.
A porção das batatas é muito generosa; comemos em dois, mas eu acredito que pode ser dividida até para 4 pessoas “normais”. Com certeza, serve bem 3 pessoas, e 2 mais do que bem.



A casa disponibiliza no cardápio 3 pontos para a carne: mal passada, ao ponto (rosado no centro) e bem passada. Depois da entrada, escolhemos dois lanches diferentes:
  • Ford 51: Pão de hambúrguer, hambúrguer de cordeiro 200g grelhado, com queijo palmira, alface à Juliana e molho rosé; acompanham onion rings artesanais. O ponto veio errado – eu pedi “ao ponto” e veio bem passado – e eu odeio mortalmente carne bem passada. Além disso, o molho rosê desequilibrou o prato, estava muito salgado e a alface não veio “à Juliana”. As onion rings que acompanhavam estavam corretas: crocantes, secas e saborosas.
  • Hollywood: Pão francês especial, hambúrguer de picanha com aroma de bacon 150g, queijo cheddar, alface americana, maionese artesanal. O ponto também veio errado – foi pedido mal passado e veio “ao ponto”; o cheddar, mais uma vez, desequilibrou o prato, chamando muita atenção no sabor geral do hambúrguer e alterando o sabor do sal geral. O palmito pupunha como acompanhamento surpreendeu mais do que o próprio lanche.


Além disso, também pedimos uma porção a parte de maionese, pois somos fãs desse molho. Muito saborosa, básica, com sabor suave de alho e algum tempero verde que apenas deu cor a ela, sem alterar sabor ou cheiro.



A qualidade do serviço foi regular. O garçom não anotou o pedido do Malte Shake – que cancelamos – e esqueceu de trazer a maionese, que foi pedida juntamente com as entradas, pedida mais 3 vezes e veio um pouco depois do lanche. No geral, tudo demorou muito e o garçom parecia desatento, talvez até sobrecarregado. Até mesmo a conta demorou para vir, e foi pedida duas vezes.

Em suma, acredito que não era um “bom dia”, mas eu realmente adoro esse lugar – com exceção do cheddar deles, claro! Vale a pena conhecer, seja para levar a família ou os amigos!

Preço total para duas pessoas: R$ 116,20 + R$11,62 (serviço) = R$ 127,82, ou R$ 63,91 por pessoa.
Custo/Benefício: regular.
Espera por mesa: não houve.
Tamanho das porções: grande.
Serviço: regular.
Ponto alto: Shake Diner de Baunilha Crocante.
Ponto fraco: cheddar processado utilizado nos pratos.
Avaliação geral: Merece uma segunda chance.

Endereço: Rua Caiubi, 1450, Perdizes, São Paulo - SP.
Horário de funcionamento: Segunda a quinta, das 12h às 0h; Sexta e sábado, das 12h às 4h; domingo, das 13h às 0h.
Delivery: Sim.
Telefone: (11) 3938-9748