Idas
e Vindas no The Burger Map
Mais uma
vez, o Aquarela Gastronômica foi visitar uma hamburgueria, dessa vez
em Santo André: a The Burguer Map. Meu primeiro contato com ela, foi
cerca de duas semanas após sua inauguração. No início, lembro-me
de não ser um lugar tão bom, mas em vias de assim se tornar – na
época, as salsichas dos corn dogs não eram de tão boa
qualidade, por exemplo, mas o molho cheddar era consideravelmente
bom. Em suma, tornou-se uma das minhas favoritas por um tempo,
principalmente pelo ambiente e pela proposta, de apresentar os
hambúrgueres típicos de cada região dos Estados Unidos. A casa
também conta com um desafio – o lanche The Burger Map Mountain,
que deve ser devorado em 30 minutos no máximo. Uma pena que você
tenha que desembolsar módicos R$ 80 pelo The Mountain, e, no fim,
entrar no Hall of Fame e ganhar uma camiseta, apenas, se conseguir a
proeza – o que eu não concordo: o cliente também deveria não
pagar pelo lanche, como acontece em todas as lanchonetes americanas.
Inicialmente,
foram pedidas duas bebidas diversas:
- Homemade Iced Tea: sabor forte de mate, adoçado, também, sem exageros, mas comum – lembra muito um chá Mate feito em casa.
Para a
entrada, pedi meus adorados e pouco populares aqui no Brasil:
- Corn dogs (salsichas envoltas em uma massa de milho macia, levemente adocicada e fritas em imersão em óleo): a porção é realmente pequena (6 unidades com o tamanho de meia salsicha de hot dog, aproximadamente), relativamente saborosa, porém mais da metade dela veio com a massa crua no centro – o que denota temperatura errada do óleo no momento da fritura. A salsicha é de qualidade, com textura firme. O molho que acompanha é um Fry Sauce (nosso popular molho rosê), que tinha cheiro de ovo e vinagre, mas seu sabor era bom, sem grandes segredos – provavelmente, apenas maionese e ketchup, mesmo.
Fui acompanhada, mas pedimos ambos o mesmo hambúrguer, que tem sua
origem em Springfield, Illinois (EUA): aberto, feito com uma fatia
grossa de pão levemente torrado com manteiga – conhecido em seu
local de origem como Texas Toast –, uma carne – que pode ser
vermelha, de frango ou até peixe –, coberto com muitas batatas
fritas e por um molho de queijo que é sempre segredo de quem o
prepara. Esse é o meu querido:
- Horseshoe Burger: a porção total dele é consideravelmente menor que a americana, e o molho que o acompanha (no Burguer Map) é a base de cheddar. Primeiramente, mais uma vez, o ponto da carne veio errado – eu pedi mal passado e veio ao ponto, com irregularidades. As batatas não eram homemade, mas, sim, industrializadas, e estavam corretas no ponto (crocantes por fora e macias por dentro) e no sal. O molho cheddar foi decepcionante: enjoativo, com um sabor fortíssimo de queijo processado e um fundo de parmesão. O conjunto estava regular.E eu tenho uma séria crítica a fazer a esse respeito: o antigo molho cheddar do Burguer Map era diferente: não tinha esse brilho demasiado do atual, não era enjoativo, e casava perfeitamente com esse prato. Algo foi mudado na receita, sem dúvida, pois a antiga formava também uma película de amido quando esfriava e a atual, não.
Para a sobremesa, atacamos outro tradicionalíssimo:
- Luana's Cheesecake: visualmente decente, salvo a escolha de usar hortelã no prato – incoerente, pois destoa muito conjunto. A calda de frutas vermelhas (morango e amora, apenas) estava boa; a massa base, correta. O ponto do cheesecake estava errado, pois esfarelou muito e não estava cremoso; além disso, veio com as extremidades quentes e o centro gelado, com pontos congelados, tudo errado! O sabor do conjunto foi abaixo do esperado.
O
serviço foi bom: o garçom deu a atenção necessária, respondeu
prontamente sempre que foi chamado, educadamente; os pratos não
demoraram para chegar, mas a casa não estava cheia. O ambiente do
Burguer Map é estilizado com várias referências aos Estados
Unidos, com elementos de diversas cidades – tudo a haver com a
proposta do lugar.
Enfim, o restaurante caiu bastante. O Burger Map teve sua ascensão,
foi uma grata surpresa, mas parece estar mudando algumas coisas, e
para pior – não sei se tem a haver com a mudança de dono do
lugar. Também não consigo definir o ponto alto de hoje – tudo foi
regular e medíocre demais, o que não deveria acontecer, tendo em
vista seu progresso e seu valor de pratos e porções. Um lugar muito
bem localizado e bonito, mas que está perdendo a sua essência.
Preço
total para duas pessoas: R$ 97 + R$ 9,70 (serviço) = R$ 106,70
ou R$ 53,35 por pessoa.
Custo/benefício:
ruim.
Espera
por mesa: não houve.
Tamanho
das porções: pequena.
Serviço:
muito bom.
Ponto
alto: ambiente e localização.
Ponto
fraco: os pratos em geral.
Avaliação
geral: provavelmente não voltaria.
Endereço:
Rua das Aroeiras, 442, Bairro
Jardim – Santo André – SP.
Horário
de Funcionamento: Segunda a
quinta, das 18h às 23h; Sexta, das 12h às 15h e das 18h às 1h;
Sábado, das 12h às 1h; Domingo, das 12h às 23h.
Delivery:
não.
AAAhhhhhh que tudo esse blog! Não há nada melhor do que arte e comida, ainda mais juntos! Parabéns pelo blog!!!
ResponderExcluirObrigada, Ma! xD
ExcluirOlá Ariadne, como vai? Meu nome é Marcos e trabalho no Burger Map. Se possível, gostaria de conversar com você sobre o post. Agradeço desde já a atenção e aguardo seu contato. Meu email é o marcos@theburgermap.com.br. Um abraço!
ResponderExcluirOi, Marcos!
ExcluirSempre que houver alguma dúvida, sugestão ou crítica, mande para o email do blog: aquarelagastronomica@gmail.com. ;)
Obrigada, Arya!
Outro ponto bastante fraco da casa é o desafio! ELES COBRAM SE A PESSOA GANHAR! E razoáveis R$80!!! porém, para justificar isso, você ganha uma camiseta!hahahaha Se é para ser como os desafios Americanos, então, não cobrem o desafio caso a pessoa ganhe, por favor né...
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