segunda-feira, 4 de março de 2013

Mi Buenos Aires Querida!


Para começar bem 2013, nada melhor que uma viagem. Melhor ainda: uma viagem gastronômica! Para quem curte um roteiro desses, sem dúvida, Buenos Aires é fantástica: uma cidade com ar europeu, plana, repleta de cafés e restaurantes maravilhosos, alguns com quase um século de vida, e, acima de tudo, muito barata. Sim, não é à toa que a cidade portenha é o roteiro preferido dos brasileiros.
Fui acompanhada e a viagem não foi planejada. Tivemos indicação de dois restaurantes, sendo que um deles estava fechado para férias e o outro foi um dos destaques da viagem. E o mais divertido foi andar com o mapa na mão e escolher os destinos conforme o passeio foi acontecendo.
Ficamos hospedados em um ótimo hotel, o Palace Regente (todos os endereços e websites dos lugares, que eu mencionar aqui, estão no fim do post). Com café da manhã incluso, WI-FI gratuito no saguão, quartos confortáveis – eu fiquei no mais simples, com televisão, ar condicionado, cofre, cama queen size –, é considerado quatro estrelas e o preço é excelente. As reservas foram feitas pelo site e não tive nenhum problema durante toda a estadia.

Para não encarecer a viagem, a opção foi fazer uma boa refeição, em um bom restaurante, e a outra mais simples, com baixo custo. Acabamos comendo pizza na maioria dessas refeições baratas, pois há vários lugares que oferecem promoções com 2 pedaços de pizza e um refrigerante por menos de R$ 10. Vale ressaltar que a pizza de lá não é boa: a massa é grossa, estilo pan, com pouco molho, e recheio exagerado e desequilibrado na maioria das vezes. Apenas uma das pizzas que experimentamos era razoável – no Politeama.

O primeiro restaurante da viagem, foi o Los Chilenos. Só pelo nome, pode-se inferir o tipo de culinária que lá é servida. Pequeno, com ambiente aconchegante, fomos servidos por um senhor muito simpático. Pedimos vinho para beber – sim, em Buenos Aires, vinho é muito mais barato que água, acreditem se quiser. Os pratos, foram:
  • Bife de chorizo com purê de batatas: correto, ao ponto, faltava sal. O purê de batatas estava cremoso, firme e tinha um leve toque de alho.
  • Bife de vitela com batatas fritas: bife fino, temperado com ervas aromáticas, também faltava sal; gostoso. As batatas não vieram crocantes e algumas estavam com muito óleo.
Importante saber que o couvert (cubierto, lá) é obrigatório, e é cobrado e servido em todos os restaurantes. No valor, está incluso a manutenção da toalha, guardanapos, copos, pratos e talheres que você está usando, além da cesta de pães e torradas, acompanhados com manteiga.

Os destaques da viagem, foram os seguintes restaurantes:

La Chacra: o último e o mais caro de todos, fechou a viagem com chave de ouro. Logo na entrada, podemos ver diversas carnes sendo preparadas em um “fogo de chão”, o que chama muito a atenção de quem passa, além de outras sendo preparadas na grelha. O ambiente interno é amplo, cheio de peças empalhadas, dá a impressão que se está em uma taberna, apesar de ser bem claro lá dentro. O serviço foi ótimo, os pratos, fantásticos. Como cortesia do Hotel Regente, ganhamos uma taça de champagne para cada um.
  • Bife Kabur
    Empanada de carne: assada, levemente temperada, foi uma das melhores.
  • Bife Kabur (bife de chorizo a la pimienta negra, hongos en salsa al vino tinto y papas a la crema): o melhor prato da viagem. A carne estava saborosa, macia, o ponto perfeito, só faltava um pouco de sal. O creme com vinho tinto e shitake, harmonizaram de uma forma incrível com a carne, que veio acompanhada com batatas cozidas, servidas com creme branco e pequenas tiras de pimentão.
  • Matambre tiernizado, com guarnición e salsa criolla: servido no rechaud, o matambre dos argentinos é uma carne retirada da região da costela, e vem de matar+hambre, “matar a fome”. É uma carne muito comum e popular na Argentina e no Uruguai. A salsa criolla é o nosso vinagrete, e esse estava muito equilibrado e saboroso. O prato é simples, mas muito bom. A carne estava macia, ao ponto, com pouco sal também.


Almoço na Parrilla Peña
Parrilla Peña: segundo melhor lugar que visitamos e indicação de um amigo (obrigada, Rui!), de ambiente simples, informal e familiar, com ótimo serviço e variada carta de vinhos. Como cortesia da casa, uma empanada de carne frita é servida de entrada.
  • Salada completa: fresca, com muitas variedades de folhas, legumes, tubérculos e tomate, é muito bem servida e você pode pedir que venha temperada com o vinagre de vinho da casa, que é saboroso e não muito ácido.
  • Bife de tira: veio ao ponto, grelhado, é uma carne mais firme, da região da costela.
  • Detalhe do Bife de Chorizo
    Bife de chorizo: muito bom, tenro, grelhado, ao ponto, foi o destaque desse restaurante. Parte da gordura foi retirada antes de servir, e eu gostei muito disso, pois, apesar de toda boa carne ser feita com a gordura, não gosto de ter que tirá-la no meu prato.

Almacén Suipacha: neste aqui, tivemos a oportunidade de ir no almoço, quando a casa fica simplesmente lotada, e onde é servido um menu executivo com bebida (água ou vinho), entrada, prato principal e sobremesa, por um preço mais que justo; e no jantar, onde pode-se pedir a la carte. Sobre o menu executivo, os pratos eram menores e estão inclusos diversos tipos de carnes e massas.

No jantar, pedimos os seguintes pratos:
  • Bife de chorizo: veio correto, ao ponto, com pouco sal e muita gordura.
  • Lasanha Porteña
    Lasanha porteña: destaque do dia, a base dessa lasanha era uma massa semelhante a de panqueca,  intercalada com camadas de presunto e queijo, com uma camada a base de batata com ricota, muito bem temperada, coberta com molho bechamel com espinafre e ervas aromáticas.  Simplesmente fabulosa!

Mostarda caseira do Edelweiss
O último restaurante de destaque na viagem foi um alemão, o Edelweiss. O lugar é todo decorado com objetos referentes à Alemanha (claro!), possui diversas mesas e a mostarda caseira deles é divina! Juntamente com o couvert, logo é servida em um pote grande – que pensamos, inicialmente, que fosse um exagero, mas no fim das contas, foi-se mais da metade do pote na refeição!
  • Eisbein: primeira vez que o experimentei cozido. Muito gostoso, tenro, mas ainda assim, prefiro a sua versão assada.
  • Medalhão de porco com molho de ameixas
    Medalhão de porco servido com molho de ameixas e purê de maçã: saboroso, mas muito doce o conjunto. Vale a pena experimentar com a mostarda, pois ela transforma esse doce em agridoce, enriquecendo o prato e tornando-o menos enjoativo.

Empanadas do Los Remolinos
Detalhe: empanda do Los Remolinos
Sobre as populares empanadas, as mais gostosas compramos em promoção no restaurante em frente ao hotel, Los Remolinos. A de carne é especialmente maravilhosa, muito bem temperada, lembra um chilli.

Em geral, o custo benefício foi excelente. Nunca comi em São Paulo tão bem quanto comi em Buenos Aires e por um valor tão baixo. Vale a pena se programar e ir conhecer a capital portenha, sem dúvida!
Basicamente, ficamos na região central – fomos ao famoso bairro da Recoleta em um dos dias, mas além da Feira de San Telmo, que é cheia de turistas e onde tudo é muito caro, não há muito mais o que se ver por lá. Mesmo o restaurante que visitamos nesse bairro, não chamou a atenção e era bem simples.
No próximo post, falarei sobre as sorveterias e cafeterias que visitamos. Segue abaixo todos os endereços dos lugares que mencionei.

Endereços:

Hotel Palace Regente
Suipacha, 934

Los Chilenos
Suipacha, 1024

La Chacra
Av. Córdoba, 941

Parrilla Peña
Rodríguez Peña, 682

Almacén e Restaurant Suipacha
Suipacha, 425

Edelweiss
Libertad, 431

Los Remolinos
Suipacha, 957

Politeama (melhor pedaço de pizza)
Esquina da Av. Corrientes com a Paraná

Welcome back!

Após um longo período sem posts, o blog mudará de cara em 2013. Além de restaurantes, teremos testes de receitas, dicas de livros, documentários, vídeos, técnicas e curiosidades- sempre sobre gastronomia, claro! 
A longa ausência ocorreu por inúmeros motivos, como a "correria" tão comum aos paulistanos no fim de 2012, o que impossibilitou que eu fizesse aquarelas com frequência; e algumas modificações na receita ($$) do blog. Em compensação, muitos posts interessantes e quatro críticas estão prestes a sair do forno.

Saudações paulistanas,
Ariadne.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012


Cantina e Pizzeria Speranza


Essa semana, o Aquarela Gastronômica foi à Cantina e Pizzaria Speranza. Com duas unidades na capital, uma localizada no italianíssimo bairro do Bexiga (matriz) e a outra na badalada Moema, o restaurante tem seu nome em homenagem à Dona Speranza, que trouxe receitas maravilhosas e autênticas para o Brasil, como o calzone de ricota, o tortano, a pizza marguerita, a pastiera di grano, e que desde 1958 são ali feitas e servidas com muito esmero. Não é a toa que a casa vive lotada – principalmente às sextas e nos finais de semana.
Para começar, as bebidas que foram pedidas eram triviais: um bom e fresco suco de melancia, uma água tônica e um chopp black. Para a entrada, foi pedido o:

  • Tortano (pão de linguiça): pão com interior macio e com a casca crocante e rustica, inigualável, característica dos pães feito com fermentação natural, generosamente recheado, mas sem prejudicar o equilíbrio geral, tem um sabor fora do comum apesar de sua simplicidade. Inadmissível não pedi-lo!
Como é uma cantina e pizzaria, a casa disponibiliza diversos pratos da culinária italiana além das pizzas, como massas simples e recheadas, carnes diversas, risotos, frutos do mar... Nessa noite, a eleita foi a primeira – uma pizza grande, “meio a meio” – com sabores pouco convencionais, mas surpreendentes:

  • Funghi pleurotes (molho de tomate, cogumelo italiano pleurotes picante, pimentões picados, azeitona verde, mussarela e presunto tipo parma): rústica, fresca devido aos legumes que compõem seu recheio, tudo bem equilibrado com uma leve picância no fundo. Nenhum ingrediente se sobressaiu sobre o outro, incrivelmente, apesar da pizza levar os quase indomáveis pimentões.

  • Crema di Tartufo (molho de tomate, mussarela de búfala, salpicos de manjericão, trufas picadas e azeite trufado): leve, de sabor refinado, combinação de sabores fantástica. Foi a primeira vez q experimentei trufas – elas tem um sabor único, incomparável. O alecrim deu um toque final todo especial ao conjunto. Perfeita.

    Para coroar tanta magia gastronômica em uma única noite, duas sobremesas foram escolhidas: 
  • Pastiera di grano (doce típico de Nápoles, feito a base de creme de ricota e trigo): se você quer provar do céu e voltar para o paraíso, você precisa experimentar essa pastiera. Sabor suave, casca ligeiramente crocante, recheio cremoso, saborosíssimo e não muito doce, foi pedida com uma bola de sorvete de creme artesanal (pedido à parte), que deu um toque final surpreendente à torta; simplesmente incrível o conjunto.
  • Tiramissú: cremoso, todos os sabores equilibrados, com o do café ao fundo, sem sobressair, impressionou também, apesar da pastiera roubar todos os holofotes para si.
O ambiente é amplo, bem iluminado no interior do salão, à luz e velas na varanda, decorado com diversos objetos com referências à Itália e à história do lugar; é aconchegante e familiar – sempre cheio daquelas mesas grandes, com famílias imensas, encabeçadas pela lendária “nonna”. O serviço foi ótimo, também: os pratos chegaram quentes, sem demora e o garçom foi muito atencioso e comunicativo.
Vale ressaltar que não houve uma única vez que eu não tenha ido na Speranza e tudo, absolutamente tudo, principalmente os pratos, não tenham vindo corretos, saborosos e... Perfeitos. Um lugar que faz parte da minha história desde o meu batizado, e que, com certeza, permanecerá para sempre.

Preço total para duas pessoas: R$ 126,10 + 12,61 (serviço) = R$ 138,71 ou R$ 69,35.
Custo Benefício: bom.
Espera por mesa: não houve, mas se você chegar após às 20h, provavelmente haverá.
Tamanho das porções: justas.
Serviço: ótimo.
Ponto alto: a excelência geral do restaurante.
Ponto fraco: nenhum.
Avaliação geral: recomendo, absolutamente!

Endereço: Av. Sabiá, 786 – Moema – São Paulo, SP.
Horário de Funcionamento: segunda a sábado, das 12h às 15h30 e das 18h às 1h30; domingo, das 12h às 0h.
Delivery: sim.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012



Idas e Vindas no The Burger Map

Mais uma vez, o Aquarela Gastronômica foi visitar uma hamburgueria, dessa vez em Santo André: a The Burguer Map. Meu primeiro contato com ela, foi cerca de duas semanas após sua inauguração. No início, lembro-me de não ser um lugar tão bom, mas em vias de assim se tornar – na época, as salsichas dos corn dogs não eram de tão boa qualidade, por exemplo, mas o molho cheddar era consideravelmente bom. Em suma, tornou-se uma das minhas favoritas por um tempo, principalmente pelo ambiente e pela proposta, de apresentar os hambúrgueres típicos de cada região dos Estados Unidos. A casa também conta com um desafio – o lanche The Burger Map Mountain, que deve ser devorado em 30 minutos no máximo. Uma pena que você tenha que desembolsar módicos R$ 80 pelo The Mountain, e, no fim, entrar no Hall of Fame e ganhar uma camiseta, apenas, se conseguir a proeza – o que eu não concordo: o cliente também deveria não pagar pelo lanche, como acontece em todas as lanchonetes americanas.
Inicialmente, foram pedidas duas bebidas diversas:
  • Pink lemonade: seu sabor era de uma limonada normal, adoçada sem exageros, com algum (talvez) corante rosa claro que não alterou o sabor.
  • Homemade Iced Tea: sabor forte de mate, adoçado, também, sem exageros, mas comum – lembra muito um chá Mate feito em casa.

    A respeito das bebidas, me agrada muito onde são servidas: em um copo que parece mais um pote, alto e largo, com a marca do restaurante inscrita.
Para a entrada, pedi meus adorados e pouco populares aqui no Brasil:
  • Corn dogs (salsichas envoltas em uma massa de milho macia, levemente adocicada e fritas em imersão em óleo): a porção é realmente pequena (6 unidades com o tamanho de meia salsicha de hot dog, aproximadamente), relativamente saborosa, porém mais da metade dela veio com a massa crua no centro – o que denota temperatura errada do óleo no momento da fritura. A salsicha é de qualidade, com textura firme. O molho que acompanha é um Fry Sauce (nosso popular molho rosê), que tinha cheiro de ovo e vinagre, mas seu sabor era bom, sem grandes segredos – provavelmente, apenas maionese e ketchup, mesmo.


Fui acompanhada, mas pedimos ambos o mesmo hambúrguer, que tem sua origem em Springfield, Illinois (EUA): aberto, feito com uma fatia grossa de pão levemente torrado com manteiga – conhecido em seu local de origem como Texas Toast –, uma carne – que pode ser vermelha, de frango ou até peixe –, coberto com muitas batatas fritas e por um molho de queijo que é sempre segredo de quem o prepara. Esse é o meu querido:

  • Horseshoe Burger: a porção total dele é consideravelmente menor que a americana, e o molho que o acompanha (no Burguer Map) é a base de cheddar. Primeiramente, mais uma vez, o ponto da carne veio errado – eu pedi mal passado e veio ao ponto, com irregularidades. As batatas não eram homemade, mas, sim, industrializadas, e estavam corretas no ponto (crocantes por fora e macias por dentro) e no sal. O molho cheddar foi decepcionante: enjoativo, com um sabor fortíssimo de queijo processado e um fundo de parmesão. O conjunto estava regular.

    E eu tenho uma séria crítica a fazer a esse respeito: o antigo molho cheddar do Burguer Map era diferente: não tinha esse brilho demasiado do atual, não era enjoativo, e casava perfeitamente com esse prato. Algo foi mudado na receita, sem dúvida, pois a antiga formava também uma película de amido quando esfriava e a atual, não.

Para a sobremesa, atacamos outro tradicionalíssimo:
  • Luana's Cheesecake: visualmente decente, salvo a escolha de usar hortelã no prato – incoerente, pois destoa muito conjunto. A calda de frutas vermelhas (morango e amora, apenas) estava boa; a massa base, correta. O ponto do cheesecake estava errado, pois esfarelou muito e não estava cremoso; além disso, veio com as extremidades quentes e o centro gelado, com pontos congelados, tudo errado! O sabor do conjunto foi abaixo do esperado.


O serviço foi bom: o garçom deu a atenção necessária, respondeu prontamente sempre que foi chamado, educadamente; os pratos não demoraram para chegar, mas a casa não estava cheia. O ambiente do Burguer Map é estilizado com várias referências aos Estados Unidos, com elementos de diversas cidades – tudo a haver com a proposta do lugar.
Enfim, o restaurante caiu bastante. O Burger Map teve sua ascensão, foi uma grata surpresa, mas parece estar mudando algumas coisas, e para pior – não sei se tem a haver com a mudança de dono do lugar. Também não consigo definir o ponto alto de hoje – tudo foi regular e medíocre demais, o que não deveria acontecer, tendo em vista seu progresso e seu valor de pratos e porções. Um lugar muito bem localizado e bonito, mas que está perdendo a sua essência.

Preço total para duas pessoas: R$ 97 + R$ 9,70 (serviço) = R$ 106,70 ou R$ 53,35 por pessoa.
Custo/benefício: ruim.
Espera por mesa: não houve.
Tamanho das porções: pequena.
Serviço: muito bom.
Ponto alto: ambiente e localização.
Ponto fraco: os pratos em geral.
Avaliação geral: provavelmente não voltaria.

Endereço: Rua das Aroeiras, 442, Bairro Jardim – Santo André – SP.
Horário de Funcionamento: Segunda a quinta, das 18h às 23h; Sexta, das 12h às 15h e das 18h às 1h; Sábado, das 12h às 1h; Domingo, das 12h às 23h.
Delivery: não.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Aquarela do Hollywood

The American Classic Trio: Milk Shakes, Potatos and Burguer
no Zé do Hamburguer

Uma das minhas comidas favoritas: hambúrgueres! E, para começar com chave de ouro o Aquarela Gastronômica, por que não uma das hamburguerias mais tradicionais de São Paulo? Não foi minha primeira vez no Zé do Hamburguer; já estive lá algumas outras vezes, mas sempre na unidade da rua Itapicuru – que não abre aos domingos – e recentemente tive a oportunidade de conhecer a unidade da rua Caiubi.
O ambiente é aconchegante, descontraído e lembra muito as hamburguerias americanas da década de 50 – considerado os Anos Dourados do hambúrguer –, tanto pela decoração e música ambiente quanto pelo tamanho do lugar, que é pequeno com a cozinha e balcão no primeiro andar e algumas mesas no segundo. Vale ressaltar que está sendo ampliado, atualmente.
Quando chegamos – fui com meu namorado –, fomos prontamente acomodados e atendidos. Começamos pelas bebidas:
  • Shake Diner de Baunilha Crocante: maravilhoso, simplesmente! O ponto alto do dia: veio cremoso, em uma porção mais que generosa; o sabor da baunilha estava suave, presente e nada enjoativo.
  • Limonada do Zé: ótima, adoçada sem exageros.


Continuamos com uma entrada, que não poderia ser nada mais nada menos que as clássicas batatas fritas. A tradicional da casa é a Batata do Zé, que eu já provei em outra oportunidade, então optamos por experimentar as:
  • Chilli Fries: batata homemade, com ponto corretíssimo – crocante por fora e macia por dentro –; o chilli não era um chilli tradicional, realmente, mas, sim, um ragu de carne levemente apimentado e muito saboroso. O ponto fraco com certeza foi o cheddar, que era do tipo processado. Muito enjoativo, desequilibrou todo o prato.
A porção das batatas é muito generosa; comemos em dois, mas eu acredito que pode ser dividida até para 4 pessoas “normais”. Com certeza, serve bem 3 pessoas, e 2 mais do que bem.



A casa disponibiliza no cardápio 3 pontos para a carne: mal passada, ao ponto (rosado no centro) e bem passada. Depois da entrada, escolhemos dois lanches diferentes:
  • Ford 51: Pão de hambúrguer, hambúrguer de cordeiro 200g grelhado, com queijo palmira, alface à Juliana e molho rosé; acompanham onion rings artesanais. O ponto veio errado – eu pedi “ao ponto” e veio bem passado – e eu odeio mortalmente carne bem passada. Além disso, o molho rosê desequilibrou o prato, estava muito salgado e a alface não veio “à Juliana”. As onion rings que acompanhavam estavam corretas: crocantes, secas e saborosas.
  • Hollywood: Pão francês especial, hambúrguer de picanha com aroma de bacon 150g, queijo cheddar, alface americana, maionese artesanal. O ponto também veio errado – foi pedido mal passado e veio “ao ponto”; o cheddar, mais uma vez, desequilibrou o prato, chamando muita atenção no sabor geral do hambúrguer e alterando o sabor do sal geral. O palmito pupunha como acompanhamento surpreendeu mais do que o próprio lanche.


Além disso, também pedimos uma porção a parte de maionese, pois somos fãs desse molho. Muito saborosa, básica, com sabor suave de alho e algum tempero verde que apenas deu cor a ela, sem alterar sabor ou cheiro.



A qualidade do serviço foi regular. O garçom não anotou o pedido do Malte Shake – que cancelamos – e esqueceu de trazer a maionese, que foi pedida juntamente com as entradas, pedida mais 3 vezes e veio um pouco depois do lanche. No geral, tudo demorou muito e o garçom parecia desatento, talvez até sobrecarregado. Até mesmo a conta demorou para vir, e foi pedida duas vezes.

Em suma, acredito que não era um “bom dia”, mas eu realmente adoro esse lugar – com exceção do cheddar deles, claro! Vale a pena conhecer, seja para levar a família ou os amigos!

Preço total para duas pessoas: R$ 116,20 + R$11,62 (serviço) = R$ 127,82, ou R$ 63,91 por pessoa.
Custo/Benefício: regular.
Espera por mesa: não houve.
Tamanho das porções: grande.
Serviço: regular.
Ponto alto: Shake Diner de Baunilha Crocante.
Ponto fraco: cheddar processado utilizado nos pratos.
Avaliação geral: Merece uma segunda chance.

Endereço: Rua Caiubi, 1450, Perdizes, São Paulo - SP.
Horário de funcionamento: Segunda a quinta, das 12h às 0h; Sexta e sábado, das 12h às 4h; domingo, das 13h às 0h.
Delivery: Sim.
Telefone: (11) 3938-9748